Oral (Tema Livre)
26-1 | “Queria Saber Como é ser “perfeito” que nem branco”: percepções de si e da vida na periferia pelos jovens de uma escola pública de Sobral | Autores: | Tâmara Cristina de Sousa1, Isaurora Cláudia Martins de Freitas1
1 UVA - Universidade Estadual Vale do Acaraú, 2 UVA - Universidade Estadual Vale do Acaraú |
Resumo: A pesquisa de que trata o artigo foi realizada ao longo das intervenções realizadas por bolsistas do PIBID na Escola de Ensino Médio José Euclides Ferreira Gomes Júnior, popularmente conhecida como Cirão, na cidade de Sobral (CE), e buscou compreender como os jovens da referida instituição de ensino, que atende alunos de diversos bairros da periferia, percebem a si próprios e a vida nos bairros onde moram. Recorrendo à metodologia dos grupos de discussão (WELLER) e à utilização de técnicas projetivas de coleta de dados (NOBRE), provocamos os jovens a falar sobre suas experiências de vida. Em suas falas e produções escritas (que foram solicitadas ao final da intervenção), a violência nos bairros, o medo, as abordagens policiais e o racismo de que são alvo foram relatados como parte do cotidiano dos jovens que vivem na periferia e frequentam escolas públicas. Através dos relatos, foi possível perceber também as imagens que constroem acerca de si próprios. Os conteúdos dos relatos foram analisados à luz de autores que discutem questões relacionadas à juventude, especialmente em sua relação com a escola (DAYRELL; CARRANO; PAIS; CORDEIRO), à violência urbana e à segregação social (SOARES; ZALUAR; CALDEIRA) e ao estigma (GOFFMAN). Palavras-chave: Jovens, Periferia, Escola, Estigma, Violência Urbana |