Oral (Tema Livre)
67-1 | Poder, política e estranhamento:uma reflexão sobre a construção social da (des) politização dos jovens | Autores: | Jefferson Evanio1,3 1 FUNDAJ - FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO, 2 FAMASUL - Faculdade de formação de professores da mata sul, 3 ANCHIETA - Faculdade Anchieta |
Resumo: Esta proposta tem por objetivos discutir sobre três questões que se articulam diretamente. Primeiro, que significa dizer que os jovens expressam certo estranhamento com relação aos significados de poder e política? Segundo, em que medida este fato pode ser problematizado como uma construção social? E, finalmente, quais as possíveis contribuições do ensino de sociologia no nível médio no encurtamento da distância e desnaturalização do estranhamento dos jovens com relação a política? Partindo da noção do "estrangeiro'', exposto na obra de Alfred Schutz, como aquele que não compartilha do mesmo padrão cultural de um outro campo ou grupo, parte-se do princípio de que o campo da política, no contexto da história brasileira se construiu sob a égide da exclusão da participação popular, o que convergiu, para um estranhamento dos jovens com relação a política e poder. Tais conceitos são, grosso modo, descontextualizados da realidade cotidiana dos jovens, não integram o conjunto de códigos concebidos como relevantes para sua organização e representação da realidade social. Ressalta-se o papel dos meios de comunicação em massa, na construção social do julgamento, na (des)politização dos jovens. Conclui-se que o ensino de sociologia no nível médio pode contribuir para o encurtamento da distância entre os jovens e a política, partindo da crítica a suposta neutralidade dos meios de comunicação e na contextualização histórico/sociológica dessa questão. Palavras-chave: política, poder, jovens, história, mídia televisiva |