Oral (Tema Livre)
164-1 | Sociologia no Ensino Médio: entre a contingência e essencialidade. | Autores: | LUCAS SOUZA2
2 UNILAB - Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-B |
Resumo: De autoria do senador Magno Malta, o projeto de lei “Escola sem Partido” vem questionar a presença da sociologia no ensino médio e limitar a atividade educativa do docente. Esse tipo de medida traduz bem parte dos dilemas que a disciplina de Sociologia vem enfrentando em seu processo de institucionalização, que, desde o fim do século XIX, vem sendo marcada pela descontinuidade. Segundo Moraes, existe nessa descontinuidade um forte elemento ligado a burocracias técnicas de gerenciamento político e concepções próprias acerca da educação média que deveria ser estendida a toda população. Para o autor, os defensores da sociologia, no transcorrer da história, falharam ao mostrar que a disciplina era algo de fato imprescindível para o sistema educacional brasileiro.
A constatação de Moraes faz com que as análises sobre a intermitência da sociologia na grade curricular repouse suas bases em fundamentos diversos. Este trabalho, portanto, procura analisar três aspectos centrais que rondam a questão do ensino de sociologia e que, de diferentes maneiras, incidem sobre as dificuldades de legitimação da disciplina dentro do sistema educacional brasileiro. A constituição de um currículo básico, a questão da formação docente e a confecção de materiais didáticos e metodologias de ensino, são pontos ainda em aberto acerca da prática educativa de sociologia, em que as dificuldades de formação explicam partes dos obstáculos para uma definitiva permanência da disciplina na grade curricular. Palavras-chave: História do Ensino de Sociologia , Currículo, Material didático , Formação de Professores |