Espiradenoma é uma neoplasia benigna de glândulas sudoríparas rara ^1,2. Há risco de transformação maligna e metástase, principalmente nas lesões maiores e antigas ^3,4. Pouco se sabe sobre o comportamento desses tumores, uma vez que são raros, com poucos casos publicados ⁵.

Relata-se um caso de uma paciente feminina, 59 anos, com histórico de lesão nodular na perna D com crescimento progressivo há 10 anos. Em outro serviço, foi submetida a exerese da lesão com recidiva após 8 meses. Ao exame apresentava lesão nodular endurecida e dolorosa, de cerca de 2cm sob área cicatricial (Fig1). O exame anatomopatológico mostrou um espiradenoma com margens comprometidas (Fig 2 e 3).

Foi submetida à cirurgia micrográfica de Mohs (CMM) com margens livres após 3 estágios e 17 fragmentos (Fig 4). Reconstrução com enxerto e excelente evolução após 3 anos de seguimento.

Espiradenoma é um tumor benigno raro cujo tratamento de escolha é cirúrgico, porém não há recomendação clara de margens. A CMM deve ser considerada em espiradenomas recorrentes, tumores grandes ou para poupar tecido ^6,7,8.

Nesse caso tratava-se de lesão com margens comprometidas na primeira abordagem, crescimento rápido em poucos meses, mal delimitada clinicamente e sintomática.

Além disso, foram 3 estágios na CMM até que as margens viessem negativas, corroborando a indicação do tratamento.