XXXI Congresso Bresileiro de Cirurgia Dermatológica | Resumo: 266-3 | |||||
Resumo:Introdução A endometriose acomete cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva, é histopatologicamente definida pela presença de tecido glandular endometrial e/ou estroma fora da cavidade uterina. Na pele, tem como localização principal o umbigo. Métodos Relatado caso de nulípara, 31 anos, sem história de cirurgias abdominais ou endometriose, apresentando nódulo violáceo em cicatriz umbilical com um ano de evolução, com sangramento aos mínimos traumas e durante o período menstrual. Foi realizado exérese da lesão. O exame histopatológico evidenciou estruturas glandulares em meio a estroma celular do tipo endometrial. Resultados Não houve recidiva da lesão nos seis meses subsequentes. Resultado estético excelente. Discussão A endometriose cutânea primária é extremamente rara e subdiagnosticada, podendo gerar ansiedade no paciente e atrasos no diagnóstico. Deve ser suspeitada na presença de nódulo eritemato-violáceo com tendência a sangramento, especialmente durante o período menstrual, mesmo na ausência de cirurgia abdominal anterior ou história de endometriose pélvica. A avaliação ginecológica é recomendada, visto que a associação com a doença pélvica ocorre em 26% dos casos de endometriose cutânea. Conclusão Devido o risco de recorrência e transformação maligna, a ressecção cirúrgica continua sendo o tratamento de escolha. Ainda que rara, é importante incluir a endometriose cutânea como diagnóstico diferencial de nódulos violáceos. |