O retalho paramediano frontal, classificado como retalho interpolado em estágios, é frequentemente utilizado em reconstrução nasal. Tal retalho, é nutrido por um pedículo vascular e tem sua área doadora à distância.

Aplicação da técnica de retalho interpolado paramediano frontal para correção de defeito nasal extenso, no caso, em paciente com carcinoma basocelular em dorso nasal.

Após exérese total da lesão através de Cirurgia Micrográfica de Mohs, o paciente apresentou bom resultado estético e funcional, caracterizado por preservação de subunidades anatômicas, pedículo bem nutrido e ausência de necrose.

O retalho paramediano frontal é indicado nos defeitos de ponta nasal, a despeito de ter sua aplicação em outras apresentações clínicas, como feridas extensas que acometem múltiplas subunidades anatômicas. Destaca-se o baixo índice de necrose tecidual, inferior a 1%. Suas desvantagens versam sobre a necessidade de mais de um estágio cirúrgico, bem como a cicatrização da área doadora.

Conclui-se que a aplicabilidade da técnica, correlata a resultados clínicos de excelência,  necessita imperativamente de planejamento pré-operatório e conhecimento minuncioso da anatomia facial. O cumprimento de tais demandas torna possível a obtenção de resultado amplamente satisfatório como no caso em questão.