Paniculite lúpica (PL) é uma rara manifestação do lúpus eritematoso. Tratamentos para sequelas, como atrofia, são pouco estudados^1,2

Mulher, 60 anos, com atrofia cutânea facial devido PL e paralisia facial (PF) sem melhora após lipoenxertia. Realizado técnica de preenchimento delta lifting, em triângulo com base na localização de maior depressão, onde injetou-se mais produto. Realizadas retroinjeções com total de 2 ml. Aplicou-se tóxina botulíncia (TB) nos músculos elevador do ângulo labial, nasal, platisma e abaixador do ângulo da boca, bilateralmente.

Após dois meses, paciente manteve melhora estético-funcional, sem reativação do lúpus.

O tratamento de PL com preenchedores é controverso pela possibilidade teórica de exacerbarem a doença auto-imune. Assim, o primeiro tratamento proposto consistiu na lipoenxertia.^1-3 

O preenchimento com polimetilmetacrilato (PLLA) é pouco satisfatório, com possíveis complicações. O uso de AH e PLLA foi relatado em outras doenças auto-imunes com segurança^1-3.

A necessidade de melhorar a qualidade de vida do paciente nos faz buscar técnicas seguras e eficazes no tratamento da lipoatrofia. Relatamos, para o nosso conhecimento, o segundo caso de correção de atrofia por LP e o primeiro caso de atrofia de LP associada a PF corrigida com AH e TB.