Oral Curta (5 mim) - Somente GT
120-1 | Entre disputas e paradoxos - As relações conflituosas entre o sindicalismo e os gestores tradicionais em meio aos processos eleitorais nos Fundos de Pensão
| Autores: | Ramos, Iuri1,2 1 USP - Universidade de São Paulo, 2 UNEB - Universidade do Estado da Bahia |
Resumo: Cada vez mais significativa e reveladora, a participação do sindicalismo na gestão dos Fundos de Pensão segue proporcionando movimentos conflituosos. Em sua origem, essa atuação já é marcada pelas contradições de uma “representação classista” que se desenvolve em meio aos desideratos de uma posição de comando e controle altamente empoderada, por meio da qual são definidos outros tantos postos igualmente poderosos (e bem remunerados), além da alocação de recursos vultuosos que movimentam, induzem e/ou potencializam investimentos nas mais diversas atividades econômicas.
Quer seja pela tentativa sempre difícil de interpretar a condição/posição de classe de indivíduos nessa intersecção; quer seja pelo esforço na caracterização de suas atuações junto aos agentes econômicos e de governo que lhes são mais ou menos favoráveis; ou mesmo pelo sentido que o sindicalismo pretende imprimir a sua própria atuação política, construindo um discurso legitimador que lhe protege mesmo quando em meio a reveses eleitorais, essa experiência continua nos mostrando um significativo potencial de análises no campo da sociologia.
As reações dos grupos profissionais de onde saem os tradicionais gestores dos Fundos em relação àqueles que lá chegam egressos do sindicalismo, bem como o posicionamento dos trabalhadores que, periodicamente, elegem os “seus representantes” para a ocupação de postos desse tipo, são alguns dos bons elementos disponíveis para avaliar características próprias dessa relação.
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