Oral Curta (5 mim) - Somente GT
129-1 | Formação em psicanálise: instituições psicanalíticas e a disputa por prestígio | Autores: | Maíra Muhringer Volpe1 1 UNB - Universidade de Brasília |
Resumo: Desde as formulações de Freud, a psicanálise busca se constituir como um saber e uma prática distintos e independentes tanto da medicina (e da psicologia), quanto de qualquer religião; e os diferentes movimentos psicanalíticos se dedicaram à conquista de autonomia para estabelecer os critérios dessa formação profissional. A única aceitável, desde 1925, segundo a International Psychoanalytical Association (IPA), é a submissão a uma “análise didática” e, depois, à “supervisão” (chamada também de “análise de controle”), além do estudo teórico (Roudinesco, 1998, p.20).
No Brasil, a formação em psicanálise não é reconhecida pelo Ministério da Educação, embora haja escolas de transmissão desse saber, e os profissionais que se denominam psicanalistas passam pelos mais diversos percursos formativos. Os pretendentes podem buscar uma instituição ou grupos de estudos para iniciarem a formação e sua legitimidade, ao adotar tal insígnia de atuação, advêm da instituição na qual estão engajados, dos profissionais com os quais fazem análise e supervisão, bem como dos grupos sociais que irão atender em sua (futura) clínica.
Esta apresentação sistematiza considerações acerca desse campo de produção cultural, enfatizando a constituição de prestígio de seus agentes e grupos, a partir de três instituições em disputa em São Paulo, atualmente: Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP), Instituto Sedes Sapientiae e Centro de Estudos Psicanalíticos.
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