Poster (Painel)
132-1 | As Relações raciais em São Paulo por Virgínia Bicudo e Florestan Fernandes & Roger Bastide | Autores: | SANTOS, M.M1
1 UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Resumo: Haja vista o processo de institucionalização das ciências sociais no Brasil no segundo quartel do Séc. XX, os estudos que se debruçaram sobre as relações raciais ocupam um lugar de destaque no pensamento social brasileiro (MICELI, 1995). Nesse sentido, a cidade de São Paulo foi lócus de observação dos estudos sobre relações raciais, por conta da imigração europeia em meados do Séc. XIX, bem como a sucessão dos ciclos econômicos na capital. O fio condutor desta pesquisa reside na apreciação das análises sociológicas de Virgínia Bicudo (1910-2003) e Florestan Fernandes (1920-1995) & Roger Bastide (1898-1974), sobretudo pela perspectiva distinta suscitada por estes no âmago das ferramentas teórico-metodológicas. Convém ressaltar que tais intelectuais pautaram seu exame na imbricação entre classe e raça. Em última análise, o objeto deste trabalho recai sobre as seguintes obras: "Atitudes Raciais de Pretos e Mulatos em São Paulo" (BICUDO, 1945) e "Brancos e Negros em São Paulo" (FERNANDES & BASTIDE, 1955). Em paralelo, objetiva-se tecer análise comparada das obras, com ênfase no tema da raça e classe. No que tange a metodologia, o estudo primou pela revisão de literatura a partir dos comentadores. Para finalizar, os resultados preliminares apontam que Bicudo inferiu a prevalência da raça sobre a classe. Em comparação, Fernandes & Bastide diagnosticaram o predomínio da classe sobre a raça, ainda que fossem relacionais e delineassem peculiaridades da sociedade paulistana à época. |