Oral Curta (5 mim) - Somente GT
271-1 | Os sociólogos e o pensamento social na Argentina | Autores: | BLOIS, J. P.1 1 CONICET-UNGS - CONICET-UNGS |
Resumo: As relações entre os sociólogos e o chamado pensamento social na Argentina não têm carecido, tal como ocorreu em outros países latino-americanos, de fortes tensões e conflitos ao longo do tempo. O lugar reconhecido às tradições intelectuais locais foi frequentemente um dos principais pontos de desacordo entre os sociólogos de diferentes orientações. Se alguns defenderam o pensamento social como um insumo relevante na construção de uma perspectiva de analise “enraizada” nacionalmente, capaz de fundar uma maior autonomia intelectual, não faltaram aqueles que, com base na ideia da sociologia como uma disciplina “científica” e sistemática, preferiam se basear nas teorias e conceitos elaborados nos centros mundiais da disciplina. Para eles, as obras vinculadas ao pensamento social eram demasiado “impressionistas” e pouco rigorosas. Seu estudo carecia, por tanto, de interesse para a disciplina e devia ser no máximo uma matéria própria de historiadores. Este trabalho se propõe a reconstruir as relações entre os sociólogos e o pensamento social na Argentina em diferentes etapas, desde a formação dos primeiros cursos de graduação nos anos 1950, até os mais recentes processos de profissionalização acadêmica iniciados nos anos 1980 e continuados na década seguinte. O foco do trabalho (que analisa diversos materiais de arquivo e entrevistas) será colocado nas disputas entre os sociólogos ao redor do papel das tradições intelectuais locais na formação e desenvolvimento da sua disciplina. |