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18º Congresso Brasileiro de Sociologia
Resumo: 350-1

Oral Curta (5 mim) - Somente GT


350-1

A primeira geração de sociólogos do trabalho no Brasil (1950/60) e seus diálogo com a “escola” francesa.

Autores:
Festi, R. C.1
1 UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas

Resumo:
O objetivo principal desta comunicação será analisar a primeira “escola” de sociologia do trabalho no Brasil, desenvolvida nos anos 1950/60 na USP com os estudos de Juarez B. Lopes, Azis Simão, Leôncio M. Rodrigues, Luiz Pereira e Fernando H. Cardoso. Esta geração, responsável por criar o Centro de Sociologia Industrial e do Trabalho (CESIT), manteve um fortíssimo diálogo com a “escola” francesa, representada por figuras como G. Friedmann, A. Touraine, P. Naville e J-D. Reynaud. O desenvolvimento deste novo domínio no Brasil esteve umbilicalmente relacionado com o processo de criação de uma comunidade acadêmica internacional que impulsionou, na América Latina, a uma expansão dos cursos e a uma maior profissionalização das ciências sociais. Através de pesquisas em arquivos na França e no Brasil, de entrevistas com intelectuais e de análises comparadas entre as obras em questão, buscar-se-á problematizar a produção desta geração de sociólogos e as suas teorizações sobre a “modernização” da sociedade ocidental, ressaltando as diferenças e as aproximações explicativas entre o centro e a periferia. Mostrar-se-á, em particular, que o debate sobre a dualidade de nosso país (campo-cidade/atraso-moderno/agrário-industrial), que também se expressou nesta sociologia sobre o mundo do trabalho (industrial), não foi uma particularidade apenas da sociologia brasileira.