Poster (Painel)
464-1 | Saúde mental na atenção básica e os serviços de base territorial: atenção que inclui ou exclui o louco na conquista de seus territórios? | Autores: | ARAÚJO, B. M. S. de1,2 1 PPGS - Mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia, 2 UFPE - Universidade Federal de Pernambuco |
Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar como o processo de organização territorial na atenção básica é operacionalizado pelos profissionais das unidades de saúde da família e quais seus efeitos sobre o cotidiano dos usuários. Isto porque, com as reformas sanitária e psiquiátricas no país, os cuidados das pessoas com transtorno psíquico dentro do espaço institucional são transferidas para comunidade onde reside o sujeito. Assim, o modelo de atenção psicossocial prevê a articulação entre os serviços de atenção básica e os de saúde mental, com o intuito de territorializar as ações do cuidado, destituindo os hospitais psiquiátricos e intervindo nos momentos de crise. Entretanto, a revisão de literatura neste estudo além de apontar que o conceito de território surge hibridizado por diferente áreas de estudo, parece não estar de acordo com a prática a que se destina, pois em muitos casos a territorialização reduziu sua atuação a uma questão de inclusão de serviço ao invés de inclusão nos territórios individuais, além de restringir o cuidado à medicalização e ao sujeitamento do indivíduo sobre o território. Diante disso, a presente pesquisa busca averiguar como o território é apropriado pelo profissional de saúde e quais seus impactos nas rotinas das pessoas com transtornos psíquicos atendidos no PSF. Trata-se de um estudo de caráter qualitativo, realizada em duas Unidades de Saúde da Família, onde foram feitas 20 entrevistas semiestruturadas, com usuários e profissionais de saúde. |