Oral Curta (5 mim) - Somente GT
557-1 | QUILOMBOS E A NOVA REPÚBLICA: EXPERIMENTOS POLÍTICOS NO MARANHÃO | Autores: | BRUSTOLIN, C.1, DE SOUSA, I.T.S2 1 UEMA - Universidade Estadual do Maranhão, 2 UFMA - Universidade Federal do Maranhão |
Resumo: Em meio às lutas de redemocratização nacional, ganharam força reivindicações de povos indígenas, de camponeses e do movimento negro. Cada segmento imprimiu marcas na nova Carta Magna, tentando fixar demandas nos marcos Constitucionais e tencionar imagens cristalizadas da nação. A formalização de direitos, aos então denominados, remanescentes de quilombo, abriu espaços de discussão sobre disputas territoriais no país. No Maranhão, já na década de 1970, o CCN (Centro de Cultura Negra-MA) iniciou mapeamentos de práticas socioculturais e pertenças territoriais junto a este tipo social. A mobilização crescente, a construção de um segmento organizado e a formação da ACONERUQ (Associação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas), em 1997, como um “fórum de representação das comunidades quilombolas” frente às instâncias estatais, deram um caráter específico à luta por direitos na Nova República. Em meados de 2010, apontando divergências nas formas de ação, o MOQUIBOM (Movimento Quilombola do MA) emergiu como um experimento de mobilização que evidencia o descrédito nas instâncias de participação, agindo, sobretudo, a partir de ocupações de prédios públicos e denúncias quanto a morosidade de instituições. Este trabalho se situa nas cenas distintas de investimentos e estratégias políticas de grupos negros no MA nos espaços públicos e na luta por avanços jurídicos dos pleitos quilombolas, evidenciando trunfos, estratégias e violências nas margens da mediação e da representação política. |