Oral Curta (5 mim) - Somente GT
644-1 | ser idoso e não idoso nos conselhos de idosos | Autores: | Glaucia Destro de Oliveira1
1 UNIOESTE - Universidade do Oeste do Paraná |
Resumo: Chama atenção nos conselhos de direitos da pessoa idosa a atuação de conselheiros idosos ativos, independente e autônomo reivindicarem melhores condições de vida para os seus pares acamados, fragilizados e vítimas de violências. Por outro lado, nesse cenário há, também, especialistas em saúde ou serviços próprios aos mais velhos. E, ainda, representantes de diferentes áreas administrativas do poder público.
Os profissionais são de categorias etárias diversas. No entanto, ter mais de sessenta anos significa, nesse espaço, status diferenciador e de maior legitimidade, por se tratar de representação do público a ser atendido.
Em sua rotina, de modo geral, a diferença geracional é pouco evidenciada explicitamente. Essa questão está presente no modo como os diferentes conselhos definem por quem o seu colegiado é composto, além de outras situações de disputa de recursos escassos.
Nesse sentido, a proposta deste trabalho é discutir a relação intergeracional no espaço de interação da comunidade – chamada também de sociedade civil – com o Estado, em que questões técnicas – geralmente pouco compreendidas pelos idosos – são constitutivas de sua dinâmica. E como o marcador etário forma alianças ou provoca ruptura entre os indivíduos e os grupos.
Para tanto, recorrei à parte da pesquisa de campo realizada no doutorado, o qual foi defendido em 2015. Os conselhos etnografados foram os municipais de Santos e São Paulo, o estadual paulista e o nacional. |