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18º Congresso Brasileiro de Sociologia
Resumo: 655-1

Oral Curta (5 mim) - Somente GT


655-1

A fronteira norte do Brasil como um lugar de trânsito de pessoas e objetos: Um olhar sociológico a partir da fronteira Brasil/Venezuela

Autores:
SANTOS, A. R.1, MONSMA, Karl2
1 UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2 UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo:
Este trabalho parte do pressuposto de que as fronteiras são representações simbólicas devido serem marcadas por interação e de hibridação cultural. Em seu sentido geográfico e político, a fronteira representa o limite de um país ou território. Dessa maneira, temos fronteira como uma linha imaginária e divisória de duas nações, delimitando o território que cada uma delas ocupa. Nessa lógica, a fronteira do Brasil com a Venezuela, mencionada neste trabalho como fronteira norte do Brasil, serve para o reconhecimento e definição de identidades. Estas são compreendidas como um processo em que são construídos significados, baseados em atributos culturais. Atualmente, a fronteira em questão se constitui e se modifica por meio das relações sociais estabelecidas entre os sujeitos sociais ao longo do tempo. São nessas relações que o espaço fronteiriço adquire o sentido simbólico, marcado pelas relações constituídas no comércio pelos cidadãos que vivem ou transitam nas duas cidades: Pacaraima (Brasil) e Santa Elena de Uiarén (Venezuela). Logo, o espaço transfronteiriço estimulado pelas atividades comerciais marcou o surgimento de estratégias políticas e econômicas entre as cidades fronteiriças já mencionadas, tornando a circulação de pessoas e objetos mais intensa . Esta realidade proporciona o entendimento de que todo o processo de formação de uma fronteira segue caminhos diversos, já que é marcada por atores sociais que fazem parte do espaço social transfronteiriço.