Oral Curta (5 mim) - Somente GT
657-1 | Conflitos socioambientais e a atuação do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco e da ONG Canoa de Tolda no Baixo São Francisco. | Autores: | GUEDES, C. M.1,2, SILVA, T. E. M. da1
1 UFS - Universidade Federal de Sergipe, 2 IFS - Instituto Federal de Sergipe |
Resumo: A comunicação discute o comprometimento para a navegação e sobrevivência econômica dos “beiradeiros” do Baixo São Francisco decorrente da construção de grandes barragens ao longo do rio. Alvo de ações governamentais visando à “modernização” e desenvolvimento do Nordeste do país que tem privilegiado o setor energético e o agronegócio; essas ações têm modificado a dinâmica aquática e alterado sensivelmente a sobrevivência socioeconômica de barqueiros, pescadores e pequenos agricultores. As alterações no regime de cheias e vazante do rio tem se agravado com as recentes operacionalizações das usinas hidrelétricas construídas nos últimos 50 anos. A comunicação discute a atuação do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF) e da ONG Canoa de Tolda na defesa do rio e a relação entre essas duas entidades frente a um quadro de interesses conflitantes sobre o domínio da água e a sobrevivência das populações tradicionais. O estudo parte do seguinte questionamento: por que ocorre um “distanciamento” entre a ONG e Comitê na concretização das propostas em prol do rio São Francisco, uma vez que, aparentemente as duas entidades têm interesse comum na recuperação do ambiente hídrico, da navegação e de outras formas de sobrevivência econômica dos ribeirinhos? A análise tem como base a leitura de documentos produzidos pelo Comitê e pela ONG Canoa de Tolda e de depoimentos de seus membros e ribeirinhos.
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