Oral Curta (5 mim) - Somente GT
686-2 | Trabalho precário e controle da pobreza em assentamentos de reforma agrária | Autores: | Rosemeire Aparecida Scopinho1, Thainara Granero de Melo1 1 UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos |
Resumo: A política de assentamento rural é uma resposta do Estado às pressões sociais dos trabalhadores rurais e urbanos demandantes de terra que oferece programas de crédito, comercialização e assistência social para os praticam a agroecologia e o associativismo. A experiência organizativa dos assentamentos é contraditória porque os ganhos econômicos, políticos e subjetivos misturam-se à insegurança social generalizada dada pela instabilidade da renda e cronificação da pobreza. Os arranjos feitos pelos trabalhadores para sobreviver mantêm precárias as condições de vida e enfraquecem o processo organizativo que poderia garantir a emancipação real do assentamento. Para compreender as estratégias de reprodução social desenvolvidas pelos trabalhadores, estudamos o caso de um assentamento rural da região de Ribeirão Preto-SP. Informações obtidas por meio de pesquisa documental e entrevistas semiestruturadas realizadas com os trabalhadores e gestores de políticas públicas foram trianguladas e organizadas em categorias temáticas para: a) caracterizar o território e as políticas de controle e erradicação da pobreza nele implantadas; b) analisar a configuração e o lugar do trabalho e dos benefícios recebidos na reprodução social; e c) analisar as representações sociais dos trabalhadores sobre o processo vivido. A reproletarização e a dependência crônica de recursos assistenciais colocam em questão a autonomia pretendida pelos trabalhadores ao entrarem na luta pela reforma agrária. |