Oral Curta (5 mim) - Somente GT
718-1 | As escolas privadas da periferia de São Paulo e o campo cego na produção do espaço urbano. | Autores: | Adriana Dantas1 1 FEUSP - Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo |
Resumo: Associar a expansão escolar privada na periferia de São Paulo à produção do espaço urbano é a análise que será apresentada nessa comunicação. Tal análise refere-se a resultados parciais de uma pesquisa de doutorado em andamento cuja hipótese inicial era de que esta expansão teria se dado a partir dos anos de 1990 na cidade. O escopo da pesquisa é a Zona Leste da capital com cerca de 4 milhões de habitantes (Censo de 2010), considerada parte da periferia paulistana. Esse estudo utilizou-se dos dados da Secretaria de Estado de Educação com a “data de autorização de funcionamento” de escolas privadas. Essas informações foram organizadas numa série histórica que demonstra que os estabelecimentos foram se instalando na região com diferentes ritmos ao longo do tempo desde o início do século XX quando São Paulo crescia vertiginosamente. Ao associar esse processo à produção do espaço urbano, discute-se que há um campo cego, segundo Lefebvre, no crescimento da cidade e, consequentemente, da periferia e seus processos internos que explicariam uma constante instalação de equipamentos privados de educação na Zona Leste. Esta análise vai de encontro a estudos recentes que atribuem o aumento de escolas privadas de grupos populares aos anos 2000, devido ao aumento de sua renda na primeira década do século XXI, o que lhes teria permitido maior poder consumo, inclusive na educação de seus filhos. |