Oral Completa
725-1 | Como os coletivos se mobilizam desde as manifestações de junho de 2013 em Belém | Autores: | Elcimar Maria de Oliveira Lima1, Schmitz, Heribert1
1 UFPA - Universidade Federal do Pará |
Resumo: Desde junho de 2013, a população jovem de Belém está realizando ações de confronto, a exemplo do que tem acontecido no Brasil e no mundo, compreendido como Movimento dos Indignados. Diferente de protestos anteriores, as manifestações foram gestadas pela internet e protagonizadas por pessoas de diferentes grupos sociais, que se declaram autônomos, sem filiação partidária, sem hierarquia e sem liderança visível, por meio de "coletivos". Os protestos assumiram as mesmas características nacionais e passaram a não ter reivindicações prioritárias, mas a expressar um sentimento de descontentamento e indignação contra a conjuntura ético-política do executivo e do legislativo. Mesmo não tendo sido organizadas por partidos, sindicatos ou movimentos organizados tradicionais, estas organizações apoiaram as manifestações desde o início; ao mesmo tempo, tentaram se apropriar da liderança e das pautas. As pautas das manifestações tornaram-se mais específicas e os coletivos, que se mantiveram ativos até os recentes protestos contra a PEC 55, começaram a atuar em conjunto com as organizações tradicionais. O objetivo do artigo é analisar como os coletivos realizam concretamente a mobilização para as ações de protesto em Belém. Algumas perguntas orientam a reflexão: Como os coletivos se mobilizam e se organizam antes e durante as manifestações? Quais os espaços de decisão e debate? Como as mídias de comunicação ampliam ou limitam o processo de organização e mobilização dos coletivos? |