Oral Curta (5 mim) - Somente GT
786-1 | A formação para o uso de dados educacionais no Rio de Janeiro. | Autores: | ROSISTOLATO, R.1, PIRES DO PRADO, A.1, CERDEIRA, D. 2, ALMEIDA, A.1, BENGIO, M. 1
1 UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2 UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
Resumo: O objetivo do trabalho é discutir a proposta de uso de dados educacionais presente em duas políticas implementadas no Rio de Janeiro. A primeira delas, o SAERJ – Sistema de Avaliação da Educação do Estado do Rio de Janeiro, de âmbito estadual, criou um novo cargo na burocracia, com o objetivo de orientar gestores escolares e fomentar o uso de dados. Trata-se do Agente de Acompanhamento da Gestão Escolar –AAGE. No município, houve a criação do Projeto Escolas em Foco, que também apresenta um novo cargo em seu desenho, o PAE – Professor de Acompanhamento Estratégico. Descreveremos o desenho de ambas as políticas e argumentaremos que esses novos cargos burocráticos foram propostos com o objetivo de formar professores e gestores para o uso de dados educacionais, acompanhá-los e orientá-los no cotidiano escolar. Também apresentaremos as percepções dos AAGE e dos PAE sobre suas funções e as interações desenvolvidas com os gestores das escolas por eles acompanhadas. Argumentaremos que, em ambos os casos, os profissionais desenvolvem processos de negociação nas escolas para que sejam aceitos por gestores e professores. Essas negociações fazem com que eles assumam encargos que não estavam previstos nas políticas e, simultaneamente, deixem de cumprir parte das atividades ligadas às suas funções, especificamente aquelas ligadas ao incentivo ao uso de dados para planejamento e orientação de ações pedagógicas. |