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18º Congresso Brasileiro de Sociologia
Resumo: 789-1

Oral Curta (5 mim) - Somente GT


789-1

Perseguições às religiões de matriz africanas, no Brasil e as marchas organizadas pelo movimento social.

Autores:
Silva, Joselina1,2, Carmo, N. L. 2, Silva, S.S.2, Paulo, A.F.2
1 UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2 UFC - Universdidade Federal do Ceará

Resumo:
Perseguições às religiões de matriz africanas, no Brasil e as marchas organizadas pelo movimento social. Há perseguições às tradicionais religiões de matriz africanas e seus adeptos, em todas as regiões do Brasil. Ocorrem em diversos âmbitos, sendo o midiático, o que alcança audiência no rádio, televisão, jornal e internet, durante vinte e quatro horas. As tribunas das câmaras municipais, estaduais e federais, também têm sido utilizadas para insuflar o ódio religioso. Outra agressão é a invasão, depredação e incêndio de locais sagrados de matriz africana. Segundo os registros policiais, há ataques individuais às pessoas que circulem portando signos religiosos (roupas, brancas, colares e turbantes, entre outros). Assim, a intolerância religiosa está ligada à raça e racismo, independente da raça de seus praticantes. Tais atitudes repressivas fizeram com que líderes religiosos se organizassem, em favor de seus direitos. Uma das reações dos praticantes de matriz africanas tem sido tornar públicas estas violações. Surge então, o dia nacional de denúncia contra a intolerância religiosa (21 de janeiro) e as marchas. Uma das mais referentes - com cobertura dos meios de comunicação - é intitulada “Liberdade Religiosa, eu tenho fé”, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, dede 2008. A primeira congregou dez mil pessoas e foi organizada pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa. As marchas seguem acontecendo, em muitas cidades do país, inclusive, na Capital Federal.