Oral Curta (5 mim) - Somente GT
916-2 | Lugares, contextos, interações e o nascimento do capital subalterno | Autores: | PABLO ORNELAS ROSA1, Paulo Resende1 1 UVV/ES - Universidade Vila Velha |
Resumo: Movimentos de minorias têm buscado tornar públicos os problemas que os identificam como suas condições de vida através de uma tática de apresentação de sua legitimidade revolucionária atrelada à condição de subalternidade ou de estigma. Este procedimento de criação de contra-hegemonias, no sentido gramsciano, se vale de um processo de luta social que implica na deslegitimação de práticas discursivas e na exclusão de partícipe legítimo na luta social, daqueles identificados como privilegiados e/ou possuidores de hegemonias, ainda que amparada em micro-hegemonias. Tal identificação de opressores e oprimidos, dominantes e dominados em seus marcos discursivos lhes permitem criar condições de luta em que se multiplicam os oponentes e se homogenizam aqueles que aqui exercem o que estamos chamando de “capital subalterno”. Neste marco de discurso se valem da afirmação identitária baseada na vivência de determinadas condições de cunho biológico ou cultural e de segmentação binária tais como masculino e feminino, branco ou negra e a homo ou heterossexual, homo ou heteronormativo, etc. Contudo, esse binarismo é muito pouco desafiado e com a introdução de apenas outras opções identitárias que nada debilitam sua rigidez, acabam a fortalecendo como minoria das minorias tais grupos como transgêneros, indígenas, bissexuais, freaks. Possuidores de capital subalterno, legitimados pela condição de oprimidos, excluem como parceiros de luta àqueles que transcendentalmente julgam não serem iguais. |