Oral Completa
941-1 | Da indignação à polarização: cultura, protestos e movimentos sociais no mundo contemporâneo | Autores: | Breno Bringel1, Angela Alonso2, Maria da Gloria Gohn3, Geoffrey Pleyers4 1 IESP-UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2 USP - Universidade de São Paulo, 3 UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas, 4 UCL - BÉLGICA - Université Catholique de Louvain |
Resumo: Os protestos e movimentos sociais emergentes em todas as regiões do mundo na última década continuam a desafiar nossa imaginação sociológica e as teorias existentes. Após um intenso e massivo ciclo de mobilizações, a esperança surgida de novas dinâmicas de contestação e de engajamento militante deu lugar recentemente à polarização, à repressão e à violência em vários países, fortalecendo regimes e/ou projetos conservadores, autoritários ou nacionalistas. Diferentemente de propostas intelectuais atuais que minimizam com isso a importância dos movimentos sociais progressistas que buscam a mudança social e a emancipação, a presente Mesa Redonda sugere repensa-los a partir de outros parâmetros, ampliando também as pesquisas contemporâneas aos movimentos conservadores, às forças subterrâneas de transformação social e a um campo relacional mais amplo de conflito, que inclua os atores e os obstáculos que limitam o impacto dos movimentos progressistas.
O foco principal das exposições será a dimensão cultural dos protestos e movimentos contemporâneos, buscando associar as transformações societárias mais abrangentes (vinculadas à cultura digital, à socialização política, às identidades múltiplas e à autonomização do individuo) a dinâmicas sociopolíticas (novas formas de comunicação, mobilização e organização) e a dimensões cognitivas e expressivas emergentes (tais como as emoções, as performances e gramáticas e processos de significação e subjetivação da realidade social).
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