Oral Curta (5 mim) - Somente GT
970-1 | Conflitos sociambientais no norte do Espírito Santo: racismo ambiental, conflitos e resistência | Autores: | Santos, W L P1, Santos Jr, Jorge Luiz dos2, SIlva, S. J2, Guardiola, C. L2
1 IFES - Instituto Federal do Espírito Santo, 2 UFES - Universidade Federal do Espírito Santo |
Resumo: Esse trabalho tem como objetivo analisar conflito na distribuição socioespacial dos projetos de desenvolvimento econômicos no Norte do Espírito Santo, tendo como escopo analítico a perspectiva do racismo ambiental. O terceiro ciclo de desenvolvimento econômico do Espírito Santo, iniciado em 1990, reacendeu novos conflitos socioambientais e magnificou os que já existiam. A distribuição geográfica das novas fronteiras econômicas submete sociedades tradicionais como indígenas, pescadores tradicionais e quilombolas da região Norte do Estado a situações de risco, levando essas populações, em alguns casos, ao embate, em outros, a subjugação. A racionalidade econômica engendrada pelas instituições governamentais com intuito industrialista na região sugere a prática de Racismo e Injustiça Ambiental. Há grande disparidade de forças existentes entre Empresas e Comunidades Tradicionais, os processos decisórios demonstram claramente esse desequilíbrio nas relações de poder; as comunidades pouco interferem nessa dinâmica, sendo transformadas pelos graves problemas causados pelos impactos ambientais e sociais causados. Mesmo em relação desigual, a resistência é um elemento presente nessas comunidades, instaura-se o conflito. Organizar-se e resistir é elemento de autoafirmação de identidade social, pois se trata de defender a reprodução de modos tradicionais de vida. Resistir é tentar garantir identidade, cultura, e territórios. Como metodologia utiliza-se a etnografia e análise do discurso |