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18º Congresso Brasileiro de Sociologia
Resumo: 1025-1

Oral Curta (5 mim) - Somente GT


1025-1

Chiquinha Gonzaga e o “Forrobodó”: o choro da cidade nova eternizou-se na história

Autores:
Maristela Rocha1
1 UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora, 2 UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora

Resumo:
Este trabalho sobre a compositora, pianista e maestrina carioca Chiquinha Gonzaga (1847/1935) é uma proposta híbrida, composta de informações históricas, musicais e jornalísticas, mas com viés sociológico. O distanciamento necessário a qualquer pesquisador, neste caso com o fito de contribuir com mais uma abordagem sobre a compositora, aponta um novo desafio, afinal trabalhamos há mais de duas décadas com a divulgação da vida e obra da musicista. Personagem com postura pertinente à condição de outsider perante a sociedade em voga, Chiquinha Gonzaga legou à cultura nacional cerca de 2000 composições e foi vanguardista em aspectos relevantes para a história do Brasil. Nosso objetivo primordial, entretanto, é investigar, inclusive como diferencial perante as obras já publicadas sobre a compositora, se, realmente, sua contribuição para as Revistas do teatro musicado no Brasil pode ser enaltecida no âmbito da qualidade das mesmas. No que se refere ao enfoque sociológico, essas peças revelam humor paródico, repleto de críticas à política e à sociedade dos séculos XIX e XX. Dessa forma, as peças regionalistas espelham microcosmos de comunidades, cabíveis de investigação e análise. Para este trabalho, escolhemos a burleta “Forrobodó” (1912), com libreto de Luiz Peixoto e Carlos Bettencourt, uma das obras mais conhecidas de Chiquinha Gonzaga.