Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1059-1 | Os filhos de Insikiran: da maloca à universidade | Autores: | Marcos Antonio Braga de Freitas1
1 UFRR - Universidade Federal de Roraima |
Resumo: O texto é parte da pesquisa de estudos doutorais que analisa a luta dos povos indígenas de Roraima pelo acesso à educação superior como um direito à diferença, contextualizando a experiência do Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena (Insikiran) da Universidade Federal de Roraima (UFRR), além de destacar o papel social do protagonismo indígena nas políticas educacionais indigenistas no âmbito do Insikiran. A questão da educação escolar indígena no Brasil tomou assento nas políticas públicas do Estado brasileiro na perspectiva do direito à diferença a partir das demandas dos povos e comunidades indígenas nos final dos anos de 1980, e início de 90. O demarcador temporal dessa luta é materializado na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 quando garante aos povos indígenas os direitos tradicionais as suas terras ocupadas de forma permanente com seus usos, tradições, costumes e organização social (art. 231), e quando reconhece no âmbito da educação o uso de suas línguas maternas e os processos próprios de aprendizagem (art. 210, § 2°). A análise compreende o período do ano de 2001 com a criação do Insikiran, e dos cursos de graduação: Licenciatura Intercultural (2002); o bacharelado Gestão Territorial Indígena (2009); o bacharelado Gestão em Saúde Coletiva Indígena (2012). E assim, os egressos se tornam os filhos de Insikiran, claro que esses filhos vem das malocas , ou seja, das comunidades indígenas para ingressarem na universidade.
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