Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1081-1 | Corpos em Mutação: produzindo resistências contra o Império | Autores: | Leonardo Vasconcelos de Araújo1 1 UFC - Universidade Federal do Ceará |
Resumo: Este trabalho pretende investigar, através da obra de quatro performers, como a produção de novos tipos de corporalidade, borrando limites e fronteiras de gênero, pode instituir insurgências contra a produção biopolítica, ou seja, a ligação profunda entre produção de riqueza e produção da vida social. O contexto e a justificação desta pesquisa se dão na medida em que o corpo adquire uma posição inédita, ao deixar de ser entendido como uma entidade puramente biológica para se transformar em um produto construído socialmente. O corpo, agora, retorna como problema, deflagrador de questões, fissuras e deslocamentos. Tal possiblidade tem deflagrado a necessidade de compreender experiências que visam a realizar a travessia de uma corporalidade biológica para uma histórica. Daí a relevância no interesse por propostas de produzir um corpo - biopotente, ciborgue, post-op, marginal, performativo - que pretende exceder a si mesmo e se estabelecer como um território inédito de fabricação de resistências e oposições à concepção moderna de humanidade e ao sistema-mundo que Hardt e Negri definem como Império. Esse conceito corresponde a um poder desterritorializado, a uma ordem econômica na qual a produção de riqueza foi deslocada dos processos industriais para o que os autores denominam de produção biopolítica.
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