Oral Completa
1103-1 | Sociabilidade em condomínios verticais do Programa “Minha Casa, Minha Vida”: uma avaliação da pós-ocupação a partir da trajetória de vida de famílias beneficiárias do conjunto habitacional Vila Mariana, Curitiba-PR | Autores: | Viviane Vidal Pereira dos Santos1, Maria Tarcisa Silva Bega1
1 UFPR - Universidade Federal do Paraná |
Resumo: Este trabalho avalia o Programa “Minha Casa, Minha Vida” a partir de um conjunto habitacional de 224 apartamentos, no bairro Tatuquara, em Curitiba, implantado em 2011. Trata-se na maioria de famílias demandantes da fila da COHAB-Curitiba com mais 36 famílias de áreas de risco ambiental. Objetiva avaliar, através das trajetórias familiares, o processo de socialização possível em um condomínio vertical. Associado à homogeneidade relativa de renda, associam-se experiências e expectativas diversas da vida em um ambiente coletivo (apartamentos). Trabalhou-se com as informações socioeconômicas iniciais do cadastro da COHAB; seguido de nova base de dados atualizada através de pesquisa de campo e selecionou-se dez famílias para o estudo das trajetórias, obedecendo os critérios de renda, origem, cor/raça, religião e escolaridade. Os principais resultados apontam que a política cumpre seu papel de garantia da segurança quanto à casa própria, mas a pós-ocupação não considera as características das despesas de um condomínio vertical; os mais pobres vendem seus imóveis e voltam para as áreas de risco. A partir do estranhamento e da dificuldade em se adaptarem a esta forma de moradia, as famílias recorrem a novas redes de sociabilidade, com grande mediação das práticas religiosas; há pouco espaço para sociabilidade juvenil e os bens e serviços urbanos não atendem satisfatoriamente. |