Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1130-1 | O trabalho e os agenciamentos de novas entidades nas biotecnociências contemporâneas | Autores: | Marcia de Oliveira Teixeira1, Vinicius Klein1, Marcelo Chilingue1, Bianca Cortes1 1 FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz |
Resumo: Temos estudado a reorganização da produção de conhecimentos nas biotecnociências associadas à saúde humana nas instituições públicas de pesquisa nas últimas duas décadas.
A mundialização aprofundou-se. A circulação de pesquisadores estrangeiros e de acordos entre instituições de diversos países, induzidos e financiados por organismos globais, notadamente fundos privados, aumentaram. Fundos que privilegiam objetos com alto potencial de transferência para setores produtivo e de serviços, ligados a doenças emergentes em distintos contextos sociogeográficos. A organização da produção científica utiliza novas entidades, inspiradas na lógica fabril, como plataformas tecnológicas, redes colaborativas, biobancos, biorepositórios e centros de processamento de grandes dados.
A sociologia latino-americana tem explorado essas dinâmicas reinterpretando Jasanoff, Cambrosio, Clark, Latour e Mol; considerando, para tanto, a coprodução e a co-instituição local entre tecnociências e sociedades.
Pensar como o trabalho científico é afetado pela emergência de novas entidades e suas performances locais ainda é um desafio.
Assim, neste trabalho analisaremos: a) se há uma valorização da técnica diante da proliferação de instrumentações de grande porte, multiusuárias, baseadas em sistemas especialistas; b) se a fragmentação e a parcialização do trabalho, propiciadas pelas redes colaborativas, avizinham-se das transformações mais gerais do trabalho nas sociedades contemporâneas.
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