Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1154-1 | SINDICALISMO BANCÁRIO E TERCEIRIZAÇÃO: UM EMBATE DE IDEIAS | Autores: | Oliveira, R. G.1,2
1 UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2 PPGS - Programa de Pós-Graduação em Sociologia |
Resumo: Este trabalho trata da ação sindical bancária frente à flexibilização das relações de trabalho nos bancos que, no Brasil, caracteriza-se pelo uso intensivo da terceirização, resultando em precarização do trabalho e no enfraquecimento da ação sindical, que não mais alcança a totalidade das atividades do trabalho no sistema bancário.
O sindicalismo bancário se depara com a disputa entre duas correntes internas que entendem a terceirização e a estratégia de ação sindical no seu enfrentamento de maneiras distintas.
Uma corrente defende a oposição irrestrita à terceirização nas atividades bancárias ou que tenham relação com o setor. Negociar qualquer forma de terceirização representaria seu avanço nas atividades ainda não terceirizadas. Essa corrente descarta ainda a representação dos trabalhadores terceirizados por seu Sindicato, uma vez que legitimaria o paradigma terceirizante.
Outra corrente entende que negar a terceirização e seus trabalhadores não impede seu avanço, além de perpetuar sua condição precária. Não incluir esses trabalhadores em sua base tem consequências negativas não apenas para eles, mas também para os próprios sindicatos, uma vez que sua representação significaria, em última instância, o fortalecimento das próprias entidades sindicais, na medida em que não mais perderiam a massa dos trabalhadores sindicalizados, justamente aqueles que estão na base da pirâmide de cargos e salários e que têm suas atividades terceirizadas.
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