Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1164-1 | Poder e legitimidade no campo do Jornalismo:
Os Coletivos de Comunicação e as tensões de um modelo em xeque
| Autores: | Andrade,S.1 1 UNB - Universidade de Brasília |
Resumo: No século XX se definiram os parâmetros da profissão jornalística e os veículos de comunicação institucionalizados foram reconhecidos como detentores da prerrogativa de organizar e contar os fatos.
Nos últimos anos, a emergência dos Coletivos de Comunicação permite visualizar disputas de poder no campo jornalístico. Eles surgem a partir de 2013, quando as Jornadas de Junho “expulsam” os veículos tradicionais dos eventos de rua, rejeitando a abordagem da grande mídia. Vê-se permitida uma narrativa descentralizada, com uso de celulares, em fluxo, com poucos investimentos financeiros, atuação em rede e recorrendo a jornalistas voluntários e não profissionais.
Num cenário de transição paradigmática, questionamento de hierarquias e valorização de horizontalidades, os Coletivos se põem em oposição à mídia tradicional, cumprindo um interesse estratégico: levantar suspeitas e influir sobre o capital simbólico desta, disputando legitimidade com atores dominantes. A posição em que se colocam também serve à criação de vínculos.
Para refletir sobre essas transformações, propõe-se um estudo teórico-metodológico que explora: a) contexto de transformações da emergência dos Coletivos de Comunicação; b) reflexão sobre vínculos nas arenas públicas; c) papel dos afetos como motivação à ação.
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