Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1174-1 | Entre bandas, bandos e redes: notas para uma sociologia musical dos “rockoletivos” de Fortaleza-CE | Autores: | Márcio F. Benevides1, BENEVIDES, M. F.1 1 UFC - Universidade Federal do Ceará, 2 UFC - Universidade Federal do Ceará |
Resumo: A paixão musical dos actantes afinados no rock engendra ontologias e cenas culturais através de redes sociotécnicas e de mediações estéticas, políticas e econômicas. Interações afetivas, simbólicas, materiais e digitais fornecem os tons de sociabilidades que intervêm nas dobras entre a metrópole e os ciberespaços. Mas o que pode o rock enquanto “arte independente”? Autonomias, interdependências? Neste contexto, esta proposta traz resultados preliminares de uma tese que investiga, por acordes etnográficos, como a música rock: devém um vetor político que produz subjetividades e coletividades; gera práticas colaborativas e éticas outsiders; agencia múltiplos indivíduos em Fortaleza-CE, o palco da pesquisa. Pelo mote “faça você mesmo”, os roqueiros (ou quem aprecia e/ou toca rock) criam, nas redes sociais online e nas ruas, práticas, amizades, bandas, plateias, eventos e a tônica da investigação: os “rockoletivos”, que são associações de músicos e produtores com atividades e interesses distintos na cena. Tal movimentação gera uma cadeia de produção cultural, um mercado alternativo e incide na implementação de políticas públicas para arte e juventude. Fomentando um diálogo entre a sociologia das mediações de Hennion, as configurações de Elias, a teoria ator-rede de Latour e as interfaces com a (etno) musicologia propostas por Becker, a presente proposta busca contemplar as questões supracitadas ensaiando notas não para uma sociologia da música, mas para uma sociologia musical. |