Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1239-1 | Construir a nação: o passado e o futuro nos debates constituintes de 1891 e 1934 | Autores: | COSTA, Hilton1, ARBOLEYA, Arilda2 1 UEM - Universidade Estadual de Maringá, 2 ISULPAR - Instituto Superior do Litoral do Paraná |
Resumo: Assembleias Constituintes podem ser tomadas como arenas institucionais estabelecidas em respostas a situações de transição abrangentes, nas quais se projetam ideários sócio-políticos concorrentes instrumentalizados no movimento de diagnóstico e prognóstico da nação. Os cenários ideológicos de nossas duas primeiras constituintes republicanas são bastante diferentes. Em 1891 têm-se a pujança do liberalismo e do federalismo como marcas da transição institucional, que emerge como solução modernizadora frente aos dilemas nacionais renitentes. Em 1934, dialoga-se com o balanço dessa solução, acompanhando uma tendência internacional à democracia social e ao nacionalismo centralizador. No entanto, surge no estudo de ambos os momentos a projeção de um recurso semântico compartilhado: a construção da nação. Imbricado nas disputas intergrupais, nele está implicada uma crítica aos traços identitários constitutivos, às experiências vivenciadas e às soluções institucionais assumidas nos períodos que cada Constituinte encerra. Ainda mais, ele projeta uma negação dessas experiências como processo societário profundo, assumindo-as como erros, de modo que a elaboração de nova Constituição ressoa discursivamente como marco zero – a hora da fundação de algo que não existe. Desta feita, pesando os efeitos dessa negação, a preocupação aqui está em verificar como o passado foi tratado nessas duas arenas e como esse tratamento concorre sobre os futuros nelas projetados. |