Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1264-1 | Entre a "teoria" e a "prática": Uma abordagem cognitiva da formação dos juízes do trabalho na EJ1 | Autores: | Pedro Heitor Barros Geraldo1,3,2, Lucia Lambert1,3,2 1 UFF - Universidade Federal Fluminense, 2 PPGSD - Programa de Pós-graduação em Sociologia e Direito, 3 INEAC - Instituto de Estudos Comparados em Adm. Inst. de Conflitos, 4 FAPERJ - Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado |
Resumo: Este artigo descreve e analisa como os juízes do trabalho categorizam o conhecimento produzido no âmbito da Escola Judicial 1 do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro a partir de descrições das interações entre os "palestrantes" e os novos juízes. O trabalho de campo ocorreu durante as duas edições do curso de formação inicial entre 2015 e 2016, cada um com duração de 10 semanas e participação de 21 juízes, no primeiro, e de 12, no segundo. O corpo de palestrantes é formado por juízes e desembargadores selecionados pela coordenação da EJ1, mas também de externos, como professores universitários e outros profissionais. A análise das descrições das interações permitiu identificar duas categorias. Os novos juízes discriminam os conhecimentos entre "aulas teóricas" e "práticas". As primeiras não são consideradas importantes para essa formação do ponto de vista dos novos juízes, uma vez que não se relacionam com o exercício das suas atividades enquanto magistrados; ao passo que as "aulas práticas" estão relacionadas com um conhecimento instrumental de como eles "devem" identificar as hierarquias do tribunal, a organização administrativa das secretarias, as formas de produção da decisão e o acesso e a operação dos sistemas digitais referentes aos processos, por exemplo. Esse conhecimento "prático" é transformado em regras práticas que os orientam e organizam socialmente "sua inserção administrativa e funcional no tribunal", segundo os próprios magistrados. |