Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1269-3 | O PÓS-FORDISMO E A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO BÁSICA: Um Estudo de Caso sobre o SINPRO-RIO | Autores: | Luís Antônio Cardoso1, Wagner Jansen1 1 UFF - Universidade Federal Fluminense |
Resumo: Este trabalho pretende discutir a precarização do trabalho docente nas instituições de educação básica do Município do Rio de Janeiro, a partir do novo período do capitalismo caracterizado como pós-fordismo.
Tomamos como referência o processo de mercantilização da educação, buscando identificar e problematizar os principais aspectos da precarização do trabalho docente: (a) o crescimento da força de trabalho docente ocorrido, no setor privado em que as condições de trabalho e de contrato existentes geralmente são precárias; (b) a mercantilização das atividades de ensino.
Diante de tal processo houve a fragilização do Sinpro-Rio. Em consequência da reestruturação da categoria e a classe mais heterogênea e complexa, também pela chamada tendência neocorporativa, os sindicatos estariam menos aparelhados para defender os trabalhadores.
Cinco pontos são vistos como problemáticos para o Sinpro-Rio no contexto atual: primeiro, uma crescente individualização das relações de trabalho, deslocando o eixo das negociações coletivas mais abrangentes para um plano micro; segundo, uma forte corrente no sentido de desregulamentar e flexibilizar direitos; terceiro, um esgotamento do modelo sindical vigente; quarto, uma tendência crescente para maior institucionalização dos sindicatos, ou melhor, maior burocratização, e por fim um culto exacerbado ao individualismo.
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