Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1293-1 | O “efeito curso-instituição” sobre a inserção dos egressos da Educação Superior no mercado formal de trabalho | Autores: | Zalaf Caseiro, L. C.1,2, Maciente, A.3 1 INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, 2 PPGS / USP - Departamento de Sociologia / Universidade de São Paulo, 3 IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada |
Resumo: Este artigo investiga os efeitos associados aos diferentes tipos de cursos e instituições (“efeito escola”) sobre a inserção no mercado de trabalho formal dos egressos de cursos superiores das áreas de ciências, tecnologia, engenharias e matemática (CTEM). Com isso, propomos avançar no debate acerca da estratificação horizontal na educação superior e da estratificação ocupacional no Brasil. Para tanto, realizamos uma junção das bases de dados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Os dados do Enade 2011 possibilitam controlar a trajetória prévia dos indivíduos por: (i) origens socioeconômicas; (ii) tipos de instituições escolares frequentadas; e (iii) qualidade dos cursos de graduação. A Rais permite aferir a evolução do salário e da trajetória ocupacional por quatro anos após o término da graduação (2012-2015). Além do rico conjunto de estatísticas descritivas, utilizamos um modelo de regressão multinível para estimar os fatores associados aos distintos tipos de cursos e instituições sobre o salário e a ocupação dos egressos. Resultados preliminares indicam que: (i) dentro de cada carreira, os efeitos associados aos cursos e instituições são menores do que os efeitos da origem socioeconômica dos indivíduos, mas os primeiros apresentam tendência de crescimento ao longo dos anos; (ii) os egressos dos cursos mais prestigiados obtêm retornos salariais crescentes em relação aos egressos dos demais cursos. |