Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1311-1 | Desigualdades institucionais e sociais nos cursos de educação no Brasil | Autores: | Gabriela Honorato1, Carolina Zuccarelli1 1 UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2 UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Resumo: As exigências estabelecidas para a formação de professores para a educação básica em nível superior, posta pela LDB de 1996, incentivou, notadamente a partir da segunda metade da década de 1990, a expansão do número de matrículas nos cursos da área de educação. Na primeira década do século XXI, o Brasil se torna um dos países que mais formam profissionais de educação no mundo. É importante considerar que os jovens que são atraídos para os cursos de formação de professores são aqueles que têm, em comparação com as carreiras mais disputadas, menores médias no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Outro dado importante é que são os cursos de licenciatura que mais atraem alunos no formato de educação à distância. Desse modo, o objetivo é avaliar as diferentes rotas institucionais para a formação de professores tendo em vista a estratificação que acontece entre os cursos de educação. Para isso, serão utilizadas as bases de dados disponibilizadas pelo Ministério da Educação (Censo da Educação Superior e Enade) de modo a observar, do ponto de vista da demanda, a caracterização socioeconômica dos discentes dos cursos de licenciatura e, do ponto de vista da oferta, de que maneira as instituições organizam a disponibilidade desses cursos. O problema aponta para a necessidade de ser explicar quando diferenças sociais e institucionais, cada vez mais presentes nas licenciaturas, se tornam desigualdade e alvo de disputas por retornos sociais e econômicos dos diplomas. |