Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1350-2 | A ilusão da Terra Prometida: Memória Migrante e Territorialidade no norte de Mato Grosso | Autores: | MRVieira1, Mainara Frota1, Hidemi Miyamoto1,1, Janilson Magalhães1 1 UFBA - Universidade Federal da Bahia, 2 UFBA - Universidade Federal da Bahia, 3 UFBA - Universidade Federal da Bahia, 4 UFBA - Universidade Federal da Bahia |
Resumo: O presente texto é parte da pesquisa de doutorado em andamento, tendo como objeto empírico as memórias de pessoas oriundas da região sul do Brasil que se dirigiram ao norte de Mato Grosso no processo de migração na década de 1970. Atraídos pela existência de novas terras e incentivados pelo Governo Federal, através de seus órgãos e programas como INCRA, SUDAM, BASA, os migrantes sulistas se deslocaram em direção a Amazônia legal levando consigo projetos, cultura e sua identidade, para uma terra desconhecida e, supostamente, cheia de riquezas, a “Terra Prometida”. Na Contemporaneidade, a memória atua como constituição feita no presente, a partir de vivências e experiências sobrevindas do passado das pessoas. Relacionamos neste estudo a memória migrante ao meio social em que vivem e que proferem relatos individuais, à memória local e as memórias do passado. As lembranças migrantes compõem o mosaico da memória coletiva, as narrativas tais como é contada e recontada nas histórias, na literatura e na cultura popular fornece séries de paisagens, cenários, eventos que simbolizam ou representam às experiências partilhadas que dão sentido a eles e ao lugar onde vivem. A utilização desses recursos não é somente para reproduzir aquilo que são, mas, também aquilo que se tornaram, assegurando a continuação do tempo, resistindo à alteridade, ao tempo que muda e consequentemente as rupturas que fazem parte da vida humana, compondo o elemento fundamental da identidade e da percepção de si. |