Oral Completa
1371-1 | Representações sociais de policiais militares sobre a sua atuação na administração do Presídio Central de Porto Alegre (oral completa) | Autores: | Letícia Maria Schabbach1, Iara Cunha Passos1
1 UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul |
Resumo: Desde 1995 a polícia militar do Rio Grande do Sul (a “Brigada Militar”) controla algumas das principais casas prisionais do estado, como o Presídio Central de Porto Alegre, que conta com 4.769 presos para 1.824 vagas. Além dos presos, circulam diariamente no complexo prisional cerca de 300 trabalhadores, entre policiais militares, agentes penitenciários, profissionais da educação e saúde, operadores do sistema de justiça criminal e policiais civis.
Neste contexto, o presente trabalho examina as percepções dos policiais da chamada “Força Tarefa” da Brigada Militar sobre a sua atuação na administração do Presídio Central de Porto Alegre, mais especificamente a dupla diferenciação desta atividade (tanto em relação ao ofício de polícia quanto ao de carcereiro), bem como as estratégias utilizadas para prevenir e enfrentar os conflitos dentro da instituição. Para tanto, foram utilizadas várias técnicas de coleta de dados, tais como observação de cunho etnográfico, pesquisa documental e entrevistas com policiais militares atuantes naquele estabelecimento penal. Como principais resultados verificou-se que os policiais militares sentem-se mais seguros trabalhando no presídio em comparação com o policiamento ostensivo, ao mesmo tempo em que relacionam a ausência de rebeliões e motins à disposição das últimas gestões prisionais em efetuar acordos com os presos, e ao interesse destes para com os benefícios decorrentes de um ambiente sem rebeliões ou outros conflitos. |