Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1375-1 | Por uma sociologia do comércio justo: a ideia de justiça | Autores: | CARVALHO, A.D.A.1,2, LIMA, J. V. R. B. C.2,1, MORAIS, K. T.1 1 FAPEAL - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas, 2 UFAL - Universidade Federal de Alagoas |
Resumo: A construção de modelos de mercado tem sido um diferencial que o sistema econômico mundial tem difundido ao longo da história, o comércio justo (CJ) é um modelo deste fazer econômico. Esse fato contribui para sua caracterização como uma construção social, por estar entremeado por valores morais concebidos e reproduzidos nas sociedades humanas, dá margem à uma análise sociológica do fenômeno do CJ. Além desses fatores, a condição fronteiriça entre economia, valores morais e rede sociais em que ele é idealizado e construído permite que seja feito um estudo em dois planos analíticos complementares. Em um nível, mostra-se inevitável uma discussão da percepção da palavra justiça que perpassa todo o projeto fair trade no Brasil e no mundo e da articulação entre a ação econômica do tipo fair trade e preceitos de justiça. Em outro nível, discorre-se sobre uma perspectiva da compreensão dos agentes em rede ou no campo, jogando um jogo de disputas e de associações segundo as teorias de Bourdieu e Granovetter. Esse arcabouço teórico dá subsídios para compreender o CJ de forma significativa e, principalmente, auxilia na identificação das aproximações e distanciamentos dos modelos de CJ. Neste artigo analisa-se a utilização do termo justiça nos moldes utilizados pelo CJ brasileiro e internacional, o estudo acontece através da revisão de documento das instituições envolvidas no modelo de mercado justo e através de uma revisão das teorias de justiça de Amartya Sen e Jonh Rawls. |