Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1379-1 | Por uma teoria crítica do neoliberalismo: classe, trabalho e subjetividade | Autores: | SANTOS, E. A. C.1 1 USP - Universidade de São Paulo |
Resumo: Esta apresentação se insere no âmbito de minha tese de doutorado, a ser defendida em janeiro de 2018, referente a uma atualização do programa da Teoria Crítica, tal qual praticada pela Escola de Frankfurt, tendo em vista as diversas transformações ocorridas (sejam elas relacionadas à estratificação social, ao caráter do trabalho, aos padrões de exploração econômica, às subjetividades, entre outras) no capitalismo desde meados da década de 1970 e que perduram até hoje.
Nesta comunicação especificamente, buscarei abordar algumas mutações ocorridas na esfera do trabalho e suas consequências para a formação de uma subjetividade neoliberal.
Levando em consideração que boa parte das contribuições urdidas especialmente por Herbert Marcuse, mas também Theodor W. Adorno em relação à "sociedade industrial avançada" ou ao "capitalismo tardio" foi gerada em meio aos assim chamados "trinta anos gloriosos do capitalismo", seja na Europa central ou nos EUA, é possível defender que parte desse diagnóstico teria se tornado obsoleto com a virada dos anos neoliberais.
Para apoiar tal tese, serão utilizados autores contemporâneos que discutam as mutações na esfera do trabalho flexível e precarizado do neoliberalismo (por exemplo Guy Standing e sua noção de "precariado", ou autores do pós-fordismo italianos como Antonio Negri e Maurizio Lazzarato), assim como as contribuições de Michel Foucault a respeito do homo oeconomicus neoliberal, com sua subjetividade específica.
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