Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1444-1 | Fronteiras “porosas”: política e economia da mobilidade em viagens “independentes” de longa duração. | Autores: | MONTEIRO SILVA, I.1, BARREIRA, I.2 1 UECE - Universidade Estadual do Ceará, 2 UFC - Universidade Federal do Ceará |
Resumo: Viajantes “independentes” de longa duração (backpackers ou mochileiros, popularmente) tendem a ser caracterizados pela qualidade não-institucionalizada de sua prática. Assumindo a organização “independente” de sua viagem, evitam as mediações próprias das agências turísticas. E esforçando-se por configurar “independentemente” seus deslocamentos, buscam também mobilizar valores como autonomia e flexibilidade, o que os permite trocar itinerários, desfazer planos e experimentar sua mobilidade por longos períodos. Saber quem são os sujeitos desses deslocamentos, que posições sociais ocupam em suas comunidades natais, como atribuem sentido a essa forma específica de viajar e vivenciam o retorno a seus países de origem, são alguns dos objetivos que conformam este trabalho no sentido de refletir, especialmente, acerca das dimensões políticas e econômicas desta prática de mobilidade. Assim, a presente comunicação tenciona apresentar uma etnografia de viagens “independentes” de longa duração, considerando para tanto o “movimento material” e as “políticas de significado” (CRESWELL, 2006) que envolvem os processos de “transposição de fronteiras” empreendidos por tais sujeitos. O que se busca representar aqui, portanto, é uma pesquisa cuja construção teve como matéria privilegiada situações concretas de interação, de relações de troca, de tensão, de conflito, e, igualmente, momentos de invenção e de elaboração de discursos presentes em uma – alegada – maneira singular de viajar.
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