Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1475-2 | Glauber Rocha, l’enfant terrible de l’avant-garde baiana: o transe da América Latina. | Autores: | Augusto Sá Oliveira1 1 UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia |
Resumo: O presente artigo tem por objetivo o estudo das representações da América Latina na obra de Glauber Rocha, figura símbolo do Cinema Novo no país. Este artigo pretende examinar o processo cultural desenvolvido na segunda metade da década de 1950 até o início da década de 1970 no Brasil (1958-1972), portanto, durante 15 anos, e que tem como protagonista um jovem cineasta baiano criativo, carismático e rebelde. O trabalho deve investigar se, quando e como aparece a representação da “ideia” de América Latina na obra deste realizador. A nossa hipótese é que o crítico e diretor de cinema foi o primeiro cineasta brasileiro a ser dotado de uma reflexão de natureza efetivamente latino-americana. Com isto queremos dizer que em Glauber aparece, praticamente desde a adolescência, uma “consciência latina”, o que se reflete em sua obra, seja ela de natureza literária, ensaística, crítica, fílmica, etc. Mais do que isto, Glauber manteve um diálogo intenso e permanente com o continente e a ele destinou, de forma volitiva, afetos, energia e Inteligência. Em 1958, um jovem baiano, autoproclamado crítico de cinema, com apenas 19 anos, escreveu uma crítica sobre o filme Raíces, do cineasta mexicano Benito Alazraki. Podemos considerar, neste pequeno gesto, incomum para a época, o início de uma relação apaixonada pelo cinema e pelos povos latino-americanos. É sobre isto que pretendemos refletir neste espaço. |