Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1490-1 | O marxismo nas pesquisas sobre trabalho docente: alcances e limites da tese da proletarização | Autores: | Cavalcante, S. M.1 1 UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas |
Resumo: A teoria marxista tem sido utilizada de diferentes maneiras por pesquisas a respeito do trabalho docente e de suas formas de associação. A proposta deste trabalho é a de apresentar alcances e limites das interpretações sobre a teoria do valor e das classes sociais ancoradas no marxismo quando aplicadas à especificidade do trabalho docente, considerando as diferenças entre o ensino básico e ensino superior.
As questões principais são as seguintes: a tendência de mercadorização da educação, e consequente aumento de controle e vigilância sobre o trabalho docente, necessariamente leva a um processo de formação do que poderia ser considerado como um “proletariado docente”? Seria possível compreender esta atividade acadêmica como geradora de valor e mais-valia? Quais as diferenças entre o sindicalismo docente e o de demais assalariados?
Sem ignorar a magnitude das mudanças no setor, busca-se questionar algumas premissas desse debate. Em primeiro lugar, são destacadas certas particularidades da atividade docente – produção simultânea ao consumo e atividade dedicada à reprodução da força de trabalho – no intuito de compreender de que modo a teoria do valor poderia ser aí aplicada. Em segundo lugar, são feitas considerações críticas às teses que reduzem a teoria das classes socais a um problema econômico e excluem a possibilidade de tratar esse conjunto de assalariados como categorias profissionais de classe média, o que pode ser apreendido nas pesquisas sobre sindicalismo docente. |