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1526-2 | Ficção e Imaginação: os novos sentidos de uma nova literatura | Autores: | Flávio Borges Faria1 1 UNB - Universidade de Brasília |
Resumo: A incerteza em se colocar a literatura como um objeto de pesquisa sociológico é inevitável. De fato, a efervescência fantasiosa de tal objeto impõe desafios à sua compreensão. Entretanto, a própria essência ficcional e imaginária inerente à literatura constituirá o caminho mais profícuo para as análises aqui propostas.
Todavia, sob a égide tão ampla de toda a produção literária, a pesquisa torna-se inviável. Consequentemente, o desenvolvimento contemporâneo brasileiro da literatura será o feixe mais adequado e profícuo a este trabalho. Contudo, focalizar a nova literatura ainda é demasiadamente expansivo.
Desse modo, o estudo abordará um único autor, a saber, Bernardo Carvalho. O resultado desse processo será expansivo, pois, tal autor concatena muitas características da nova literatura. Assim, o grandioso nevoeiro da produção artística de um tempo deve ser desvendado aos poucos. A análise desse autor será como uma luz em meio à bruma densa, o que revelará ao menos os contornos gerais do espírito de nosso tempo.
A construção do objeto deste trabalho, por meio dos conceitos de imaginação e ficção, conflui em outra noção sociológica importante, a saber, a teoria das representações coletivas. Os sentidos produzidos pela literatura atribuem substâncias representativas aos objetos do mundo sensível, envolvendo-os em camadas distintivas, pela qual finalmente podemos enxergá-los com alguma profundidade. Nós representamos o mundo por intermédio da literatura.
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