Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1532-1 | O papel do autor no campo científico | Autores: | Felipe Augusto Franke1, Matheus Dallmman1, Marcelo Cigales1 1 UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina |
Resumo: O objetivo desse artigo é analisar as diferentes posições assumidas pela “figura do autor” na produção cultural/intelectual dentro do campo acadêmico e científico. Partimos de uma análise do discurso em Foucault até o campo acadêmico e científico em Bourdieu, para evidenciarmos os pontos de tensão relativos à questão autoral na teoria desses intelectuais, que por sua vez também são “autores” em seus próprios termos: todos enfatizam a disputa interna de um meio social marcado pelo caráter cumulativo e perecível do saber dito científico. É um universo onde o que está em jogo é a disputa entre a imortalidade e a transitoriedade, ou como Max Weber em 1918 durante sua conferência “A Ciência como Vocação” já enfatizava: “toda obra científica “acabada” não tem outro sentido senão o de fazer surgirem novas “indagações”: ela pede, portanto, que seja “ultrapassada” e envelhecida”.
Nesse sentido, acreditamos ser relevante discutir essa questão na obra desses autores, visto que tanto Bourdieu quanto Foucault, além de serem recorrentemente referenciados na produção das Ciências Sociais no Brasil, também são advindos de um circuito de consagração do espaço social acadêmico, representado pela passagem na École de France, títulos e prêmios na esfera acadêmica e científica, traduções de suas obras em diversas línguas, exportação de suas teorias para outras regiões do mundo, etc. |