Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1615-1 | Para uma reconstrução da sociologia da arte: revisitanto Andy Warhol | Autores: | Nicholas Rauschenberg1 1 USP - Universidade de São Paulo |
Resumo: Procuramos neste trabalho revisar as principais rupturas em jogo no campo da arte nova-iorquina na conturbada década de 1960. Embora essa temática esteja consagrada como objeto da história da arte (Greenberg, Danto, Foster etc.), nosso objetivo é reconstruir o caso Andy Warhol e o surgimento da pop art a partir de discussões próprias do campo da sociologia. Como a pop art se contrapunha ao expressivismo abstrato dominante até então? Que noção de vanguarda está em jogo nessa revolução estética? Nossa reconstrução se baseia em dois modelos sociológicos. O primeiro se apoia em Bourdieu para pensar a ilusão biográfica em torno da figura de Andy Warhol buscando situá-lo no campo da arte de Nova Iorque em relação a outros artistas como Jasper Johns, Robert Rauschenberg, entre outros. O segundo se apoia no modelo da “caixa-preta” de Howard Becker. Sem a pretensão totalizadora de Bourdieu, Becker procura modelos interpretativos parciais que buscam identificar inputs, (causas) e outpus (efeitos). Se considerarmos que os principais input e outputs da teoria de Bourdieu são os capitais específicos em jogo num determinado campo, podemos questionar a produção artística de Warhol a partir de um possível capital simbólico fissurado em, por um lado, uma ansiedade de incidir na esfera pública vinculando a produção a elementos da lógica publicitária (“pop kitsch”), mas por outro, um capital artístico destinado ao fracasso: sua ambiciosa porém pobre produção cinematográfica. |