Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1632-1 | Para uma sociologia dos planos de manejo em unidades conservação: entre risco, justificação e reconhecimento | Autores: | SILVA JÚNIOR, R. D.1
1 UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas |
Resumo: O objetivo deste trabalho é gerar os fundamentos teórico-metodológicos para uma análise da clivagem entre ciência e política na gestão das unidades de conservação brasileiras, a partir de seus planos de manejo. Tal análise concentra-se nestes instrumentos de gestão como forma de apreender “se”, “como” e “quais” corpus de pesquisa científica são mobilizados nos procedimentos de planejamento e execução da gestão das UC’s. Partindo-se da hipótese de que os planos de manejos não são apenas “documentos técnicos” de diretrizes de gestão, mas também definidores de “campo de possibilidades” relacionais assimétricas (mesmo quando “participativos”) para gestão de conflitos, o presente texto busca alimentar um enquadramento teórico-metodológico a partir de três diretrizes inscritas nas teorias sociológicas contemporâneas: a teoria do risco, a sociologia da justificação e da crítica, e, por fim, a problemática sociológica do reconhecimento. Busca-se, portanto, gerar, no âmbito das políticas conservacionistas, um modelo de análise para interrogar como a definição e tratamento científico dos riscos constituem-se – ou não – em modelos de justificação para procedimentos de dominação/colonização na interação com demandas por reconhecimento dos grupos sociais envolvidos. Espera-se, assim, contribuir para o fortalecimento de uma possível análise sociológica das discursividades socioambientais fomentada pela clivagem entre teoria sociológica, sociologia ambiental e estudos sociais das ciências. |