Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1635-1 | Os limites legais e normativos na produção científica e tecnológica no Brasil: estudo de caso no Centro de Biotecnologia da Amazônia – CBA | Autores: | PREMEBIDA, A.1, ALMEIDA, J.1, VARGAS, F.1 1 UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2 UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 3 UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul |
Resumo: Este artigo visa compreender a formação e consolidação de uma rede sociotécnica, com estudo de caso no Centro de Biotecnologia da Amazônia – CBA, instituição voltada a pesquisas em biotecnologia: fármacos, estudos bioquímicos, biologia molecular, fitoterápicos e bioindústria em geral. Sabe-se que projetos institucionais em ciência e tecnologia se consolidam não apenas pela sofisticação de seu corpo técnico e qualidade de equipamentos, mas principalmente por influências sociais e políticas (normativas e legais) e na própria maneira como tais instituições exercem efeitos e reviravoltas no contexto social em que estão imersas. Programas de inovação tecnológica dependem imensamente de articulações entre instituições, de redes complexas de interesses e de cooperação local/nacional/internacional. Assim, a questão principal deste artigo é entender os processos de sustentação e resistência na formação das redes sociotécnicas e entidades intermediárias em torno do CBA. Como a diversidade e heterogeneidade de atores, por vezes contraditórios em seus objetivos e interesses, conseguem equacionar (ou não) a manutenção de um centro de pesquisa dito estratégico para a região amazônica? Como este Centro se desenvolve em meio à multiplicidade de negociações e interesses regionais visando compromissos de longo prazo? A experiência do CBA, por fim, ajudará a entender as barreiras burocráticas na consolidação de projetos científicos complexos no Brasil. |